quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.

Fernando Pessoa

Falando de amor

O Realista diz:
Foda!
O amor é uma merda.
Uma grande e gorda pilha de merda que o cara pula de cabeça!

O Desiludido diz:
Eu amo ela não tenho duvida disso...
Senão jamais teria passado por tantas coisas como passei na esperança de um dia ficar com ela.
Bem nessa, uma merda, mole e quente.

O Sonhador diz:
Mais eu te entendo bem!

O desiludido diz:
Sim! Agora vc entende...Porque até bem pouco tempo eu era o último romântico, o incompreendido e sentimental.

O Sonhador diz:
Passo coisas com ela que nunca imaginei que passaria pra ficar com alguém...

O Realista diz:
Bom! De qualquer forma no fim das contas nos resta o sofrimento.

O Sonhador diz:
Logo posso estar no mesmo barco!
Afundamos juntos;
Por enquanto ainda acredito no amor!

O desiludido diz:
Eu não acredito em mais nada!
Recuso-me a acreditar novamente e me desiludir pela milésima vez.
Já não sei mais se ainda estao rolando os dados;
Cansado de me declarar ao vento;
Passo mais uma vez por esse momento de dor e sofrimento;
De angustia de partir e agonia de ficar;
Medo de perde uma batalha onde já me sinto derrotado.



“O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.”
(Cazuza)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Se lembrar de celebrar muito mais

Breve período sem escrever me volta a melancolia gostosa que me obriga por força de um estímulo que movimenta meus dedos a apertar as teclas e por consequência me sentir mais aliviado das ángustias básicas do viver, fazer sentido, sentir, pensar e tornar a esquecer. As próprias palavras que outrora me levaram a transliteração inteligível da minha total ausência de lucidez entre uma loucura sanada e uma paz brevemente forjada pelas essências de significados dados as palavras mais tolas que em linhas retas escrevo tortas...